Quando olhou para ele, viu o quão bonito ele era. De facto, na noite anterior, não tinha reparado na sua beleza pois, como imaginam, estava um pouco bêbeda.
Ele tinha uns grandes olhos. Lembrava-se que ele tinha olhos azuis (talvez uma das poucas recordações da agitada noite), um pouco de barba que lhe dava o charme que ela apreciava num rapaz. Tinha uma boca perfeita, lábios desenhados e carnudos.
São 7:00 da manhã. Levantou-se. Deparou que tinha ficado 15 minutos a olhar para o estranho rapaz que lhe prendia o olhar e dono da única recordação da noite anterior. Era extraordinariamente bonito. Começou a vestir-se, preparando-se para ir embora. Mas ela própria não queria ir, apesar de não se lembrar de tudo, ela estava presa àquele lugar.
São 7:15 da manhã. Decidiu partir. Quando estava a sair do quarto, a figura masculina acordou e perguntou-lhe:
- Onde vais? Não vás...
Foi o que chegou...
AnaSá, 2011.