Minha Pessoa?

A minha foto
ser indubitavelmente estranho, mas modestamente fantástico.

6.4.11

São 6:45 da manhã. Acordou. Acordou com calor, o seu corpo nu estava apenas tapado por um longo lençol preto, que contrastava com o seu tom de pele. Olhou para o seu lado direito e lá estava ele, aquela figura que ela desconhecia.
Quando olhou para ele, viu o quão bonito ele era. De facto, na noite anterior, não tinha reparado na sua beleza pois, como imaginam, estava um pouco bêbeda.
Ele tinha uns grandes olhos. Lembrava-se que ele tinha olhos azuis (talvez uma das poucas recordações da agitada noite), um pouco de barba que lhe dava o charme que ela apreciava num rapaz. Tinha uma boca perfeita, lábios desenhados e carnudos.
São 7:00 da manhã. Levantou-se. Deparou que tinha ficado 15 minutos a olhar para o estranho rapaz que lhe prendia o olhar e dono da única recordação da noite anterior. Era extraordinariamente bonito. Começou a vestir-se, preparando-se para ir embora. Mas ela própria não queria ir, apesar de não se lembrar de tudo, ela estava presa àquele lugar.
São 7:15 da manhã. Decidiu partir. Quando estava a sair do quarto, a figura masculina acordou e perguntou-lhe:
- Onde vais? Não vás...
Foi o que chegou...

AnaSá, 2011.

29.12.10

carta

Querido Tu,
"É tarde." foi o que pensei naquela noite, enquanto me vestia para me ir embora.
Decidi então deixar-te um recado e assim o fiz, como sabes... Hoje penso que se calhar não foi o melhor.
Como muita gente me avisou: os amores vão e vêm enquanto não encontrares o verdadeiro. E eu, infelizmente, ainda não encontrei, mas tu encontraste e sei bem que sou eu.
Peço-te imensa desculpa por isto, por te fazer sofrer. Eu adorava amar-te, mas não te amo e não seria correcto da minha parte enganar-te.
Peço ainda mais desculpas, pela minha cobardia ao não te dizer o que sinto na cara, mas não ia conseguir olhar para os teus olhos tristes.
Quando estiveres a ler esta carta, já não estarei na cidade. Decidi ausentar-me. Ambos precisamos.
Um grande beijo
Anna
PS: Seca essa lágrima.

18.12.10

Preciso de um momento. Preciso de assimilar tudo. Aconteceram muitas coisas.
Parece que tudo se está a ir embora e a descontrolar-se.
Tenho medo de ficar sozinha, sem ninguém. Neste momento sinto-me assim.
Um "estás bem?" era óptimo, mas não deu. Agora parece que estou sozinha.
Será que estou? Será que não estou?
Nem sei...

PS: será que é? Será que não é? Deve ser essa a tua pergunta.

Ana Sá, 2010.

2.7.10

little thing

Soltou um suspiro.
Sentia-se agora aliviado pelo desabafo. Aquela história não se contava a toda a gente e o facto de me ter contado a mim deixou-me de certa maneira feliz, mas com aquele quê de apreensão por ele.
Aquela história era traumática em todos os níveis, mas ele era uma pessoa tão alegre, tão "pensamento positivo", que nunca imaginaria tal coisa.
Imaginava-me, sim, no lugar dele. E penso, que não seria capaz de reagir de tal forma. Eu seria a típica pessoa solitária: sem ninguém, com uns phones nos ouvidos, sentada num banco, sem reagir a nada. Mas como disse anteriormente: "Imaginava-me..." e de certa maneira ainda bem.
Estávamos ambos sentados na areia lado a lado.
Após o seu desabafo, soltou uma lágrima e depois outra. Ambas caíram na areia e ficarão esculpidas até o mar ou uma pessoa passar.
Ao vê-lo assim, vi que ele não era a pessoa tão alegre e tão "pensamento positivo" que eu imaginava. Senti-me triste, tinha medo de o perder de alguma maneira.
Tive necessidade de o abraçar e foi o que fiz, ele retribui-o.
Estava sentada no colo dele a abraça-lo, quando naquele momento senti uma coisa inexplicável: estranha mas ao mesmo tempo tão bom.
Apesar daquela história, ele estava melhor. Estávamos felizes, agora.
Ele abraçou-me com força e beijou-me.

AnaSá, 2010

23.6.10

Imagination

PÁRA! PÁRA!
Não percebes que isto dói? Sempre uma coisa nova... sempre!
E eu? Fazes o que queres nesse teu jogo sem fim, mas eu já disse para parares.
Quero que desapareças para sempre!
Sempre que acordo sinto-me triste pelo que fizeste no dia anterior. Depois fazes uma das tuas e fico feliz, e no dia seguinte, quando acordo reina a tristeza de novo. Que ciclo sem fim!
Mas eu já disse para parares, PÁRA! Não ouves, imaginação?
Sempre com as tuas invenções diárias, limita-te a sair da minha cabeça, PÁRA!



Ana Sá, 2010

23.4.10

Ele perguntou se eu alguma vez o amei e eu respondi que ainda o amava porque não considero o amor passageiro, p'ra mim amor é daquelas coisas que é p'ra sempre, pode-se mudar de "parceiro", mas vou-me sempre lembrar de dele como o especial, como, secalhar o "amor da minha vida" mas p'ra considerará-lo tal tenho de esperar, com ele ou sem ele, eu espero. E o ele disse que ia ser p'ra sempre.
E agora? Pergunto-me se ele pode cumprir a promessa... não pode, não porque não quer, apenas porque não o sente.
Mas eu agora esperei demasiado e... descobri que o amo.

AnaSá, 2010

18.4.10

Descontrolo

Hoje entrei em casa e gritei!
Gritei bem alto por alguém que o meu coração estava sempre a chamar... Gritei, gritei e não apareceu ninguém.
Senti que não aguentava mais e pensamentos estranhos subiram-me à cabeça...
Saí de casa a correr. Deixei a carteira, os sapatos e a longa gabardina preta no chão à porta de casa, e limitei-me a correr...
Cheguei à praia e gritei de novo naquela longa praia deserta e (de novo) não apareceu ninguém.
Não aguentei mais, estava estafada e naquele momento achei que tudo e todos estava contra mim... decidi estoirar a raiva em lágrimas e chorei o fim de tarde todo.
Às vezes chorar é o melhor de tudo e nesta altura tinha sido...